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Mensagens : 33 Data de inscrição : 30/09/2008 Idade : 33 Localização : Por ae
| Assunto: Personalidades - Fernando Pessoa Qui Jan 08, 2009 9:26 pm | |
| Nesta edição vamos dar-vos a conhecer um pouco a cerca de Fernando Pessoa, um dos maiores escritores portugueses de sempre...
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- Biografia
1888 – Nasce Fernando António Nogueira Pessoa, no Largo de S. Carlos, nº4, entre o Teatro de S. Carlos e a Igreja dos Mártires. 1895 – Fernando parte com a mãe para a África do Sul. Viverá em Durban dez anos em Ridge Road, tendo estudado no Convento de West Street. 1899 – Fernando Pessoa entra para a Durban High School. Nesse ano recebe o Forum Prize. 1902 – Fernando matricula-se na Commercial School. 1904 – É-lhe concedido o Queen Victoria Memorial Prize 1905 – Regressa a Portugal após ter passado um ano na Universidade Cabo da Boa Esperança. 1906 – Matricula-se em Lisboa no Curso Superior de Letras. 1909 – Toma contacto com o Simbolismo. 1910 a 1914 – Escreve n’A Águia e mantém um circulo de amigos em Lisboa, do qual fazem parte Mário de Sá Carneiro, Santa-Rita Pintor, Almada Negreiros, entre outros. 1914 – A 8 de Março nasce o primeiro dos seus heterónimos, Alberto Caeiro. 1915 – Sai o primeiro numero da revista Orpheu, em que Pessoa participa com alguns poemas. 1919 – Conhece Ophelia, a única mulher que teve lugar na sua vida. 1932 – Publica a obra Mensagem. 1935 – Morre a 30 de Novembro no Hospital de São Luís dos Franceses. | | - Citação :
- Obra
A sua obra encontra-se dispersa por várias revistas e publicações. Pessoa escreveu diversos textos em revistas como A Águia, Orpheu, Portugal Futurista, Revista Contemporânea, Athena e Presença. Como obras individuais em português, escreveu Mensagem e O Livro do Desassossego. | | - Citação :
- A Heteronímia
Fernando Pessoa é o criador de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Ele encontrou na criação dos seus heterónimos a forma de exprimir o modo como entendia as coisas. A heteronímia é uma forma de projectar a multiplicidade e heterogeneidade que caracterizam os tempos actuais.
“Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros) (…) Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas. (…) Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada, por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.”
Esta é uma das explicações dadas pelo próprio Fernando Pessoa para a criação dos seus heterónimos. | | - Citação :
- Ortónimo e Heterónimos - Temáticas
Fernando Pessoa (ortónimo): - Fingimento artístico: O poema é um produto intelectual e não emocional. - Dor de pensar: Ao pensarmos temos consciência das limitações da nossa espécie e assim nunca seremos felizes. Por outro lado, se formos inconscientes não temos consciência da nossa felicidade e também não somos felizes. A única maneira de encontrar a felicidade é termos consciência da nossa inconsciência. - Nostalgia de Infância: Saudades da infância, a única época da sua vida onde foi realmente feliz.
Alberto Caeiro: - Naturalismo: Caeiro é um poeta da Natureza, pois vê-se a ele mesmo como sua parte integrante. - Interpretação do mundo através dos sentidos: Apenas os sentidos são capazes de captar as sensações na sua verdadeira essência, sem que sejam filtradas pela razão. - Negação da utilidade do pensamento: O pensamento não nos traz nada de novo, o sentido das coisas não interessa, o conhecimento da sua existência é o suficiente.
Ricardo Reis: - Epicurismo e estoicismo: O prazer deve ser sabiamente gerido, moderado. Devemos para isso encontrar a ataraxia, a tranquilidade capaz de evitar qualquer perturbação. Não ceder ao impulso dos instintos. - Neopaganismo / Classicismo: Apenas através do paganismo conseguimos verdadeiramente descobrir a verdade, a moral. - Inevitabilidade do destino: A vida é efémera e todos vivemos a vida aguardando pela morte.
Álvaro de Campos: - Decadentismo: Tédio e cansaço das emoções constantes, necessidade de novas sensações. - Futurismo e sensacionismo: Exaltação dos excessos, euforia desmedida. - Intimismo: Depressão, cansaço e melancolia perante a incapacidade das realizações. |
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